terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Amanhã, Dia de Reis!

Queridos, alunos!
Amanhã será este o texto que iremos explorar. Pratiquem a leitura! J


O Cestinho de Romãs

Não havia ninguém que gostasse tanto de romãs como a avó Adelina! Gostava de as olhar, de as pôr bem no centro da mesa a enfeitar o dia, e também de as comer, de se deliciar com os seus grãozinhos doces.
Por isso, a sua amiga Miquelina lhe ofereceu, por altura do Dia de Reis, um cestinho de romãs.
A avó Adelina agradeceu-lhe muito, de olhinhos a brilhar, mas depois pensou:
"Vou dar este cestinho de romãs à minha filha Maria!"
Pegou numa folha de papel branco e fez um lindo guardanapo recortado, com o qual forrou o cestinho. Depois, foi a casa da filha. Viu que ela não estava em casa e resolveu deixar-lhe o cestinho em cima da mesa da sala de jantar. Como ela ia ficar contente! Em cima do guardanapo de papel recortado, as romãs ainda pareciam mais rainhas.
Quando a filha chegou a casa e viu as romãs, ficou admirada e logo teve uma ideia:
"Vou dar este cestinho de romãs à minha filha Aninhas!"
E se bem o pensou, melhor o fez. Levou o cestinho para casa da sua filha Aninhas, que tinha acabado de casar e ainda andava a arrumar os tarecos. Como ela ia ficar contente!
Como a filha tinha saído para comprar pão, deixou-lhe o cestinho de romãs em cima de um aparador e foi-se embora em bicos de pés, a sorrir da surpresa que lhe tinha feito.
Quando a Aninhas chegou a casa, ficou admirada e logo teve uma ideia:
"Vou dar este cestinho de romãs à minha avó Adelina!"
Ela sabia muito bem que o melhor presente que a sua avó poderia receber era sem sombra de dúvida um cestinho de romãs. Por isso, entrou muito sorrateira em casa da avó, que por acaso tinha deixado a porta aberta e cantarolava lá no fundo, no quintal, e com muita cautela pôs o cestinho em cima da mesa. Depois, em bicos de pés saiu e foi para sua casa, a sorrir da surpresa que a avó ia ter.
E foi mesmo uma surpresa! Quando a avó Adelina viu o cestinho, já seu conhecido, em cima da mesa, a enfeitar o dia e o seu coração, duas lágrimas de ternura lhe escorreram pelas faces enrugadas.
Aquelas eram as mais lindas romãs que havia em todo o mundo. 


"O Livro do Natal" de Maria Alberta Menéres 

2 comentários:

  1. Um texto terno... de uma ótima escritora.
    Beijinhos

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Teresinha, gosto muito deste texto... Ternurento! Concordo, plenamente.
      Beijinho

      Eliminar